Páginas

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Mais um desabafo!

Esse é mais um desabafo. Mas desta vez é um desabafo não sobre meus sentimentos e ansiedades e sim sobre o preconceito indireto da sociedade.
Isso mesmo!  Desde o primeiro momento em que engravidei milhões de coisas se passaram pela minha cabeça, como um furacão de ideias e emoções, mas uma coisa que nunca pensei foi em que as pessoas me olhariam e me julgariam pelo simples fato de eu estar grávida e sim, estudando!

Em pleno século XXI, onde a informação circula com tamanha velocidade e não descansa, percebo que as pessoas estão mais “adestradas” a terem certos tipos de comportamentos e pensamentos. Os jovens de hoje que cursam uma faculdade, que têm o direito de expressão, possuem todo o poder da comunicação nas mãos, deveriam usar todo o tipo de fonte de informação pra lutarem por uma vida melhor, são as pessoas que mais carregam estereótipos e pensamentos julgadores do que podemos imaginar.

A sociedade em que vivemos está muito acostumada a julgar as pessoas, essa necessidade de falar ou se importar com as outras pessoas já esta inserida no dia a dia e o triste é que, ela se torna mais importante do que apenas olhar sua vida e caminhar para frente.
Mas o que é o fator mais contraditório disso tudo é que vivemos em um país onde no carnaval, ficar pelado é permitido, dirigir bêbado e tirar a vida de alguém não tem punições severas, para passar em um vestibular basta apenas saber escrever seu nome e universitários que deveriam dar valor no dinheiro em que gastam nos estudos, não pensam em suas conseqüências e ainda assim ser homossexual ou estar grávida e estudando no meu caso, são coisas que afetam e tiram a paz das pessoas.

Todos os dias canso de ver pessoas me olhando pelos corredores, menininhas(os) que mal sabem explicar o porquê fazem determinado curso, falando baixinho quando passo. Ninguém é obrigado a saber quantos anos eu tenho, o que faço da vida ou o que já passei por ela, na verdade não quero que ninguém saiba, mas é incrível ver que o fato de uma gravidez possa impactar tanto as pessoas que menos deveriam julgar os outros nos dias de hoje.

Eu pouco me importo, curto meu barrigão e minha ansiedade para ver o rostinho do Theo só aumenta a cada dia, mas o fato que realmente me incomoda nisso tudo é ver para onde os jovens estão indo e isso me preocupa, pois vou colocar uma pessoa no mundo e que em toda a minha educação, quero passar valores totalmente diferentes desses que estou acostumada a ver todos os dias. Não sou perfeita, erro muito, mas quero acima de tudo ensinar para ele que as diferenças existem sim, toda pessoa é diferente por fora, por dentro e em seus pensamentos, mas que o caminho que ele tem que seguir é o oposto do que as pessoas vivem hoje, que pra mudar o mundo precisamos ver o que nos mesmo fazemos de errado e nunca é tarde para mudarmos nossas atitudes e conceitos.

Em uma sociedade onde o que mais se escuta falar é: “admiro e adoro sinceridade”, se você é sincero e fala o que pensa, as pessoas ficam com raiva e não aguentam ouvir a verdade, o que me entristece é ver que ‘ser você mesmo’ incomoda e afeta muita gente, mas por quê? Por que a verdade dói tanto? Por que a vida alheia é sempre mais interessante? Por que quase ninguém admite os próprios erros? Muitos outros porquês me cercam a cabeça, mas no atual momento só quero que meu filho, meu namorado e eu saibamos que a vida é muito mais que qualquer julgamento ou olhar, a vida começa dentro do nosso coração, então a felicidade brota e só cresce quando se esta em paz com você mesmo.



sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Medos e angustias



Sempre ouvi dizerem que “um filho muda tudo” e sempre acreditei nisso.
Desde o dia que soube que estava grávida, minha cabeça fez um giro de 360º graus e até agora ela não para um minuto se quer.
Com isso as intermináveis pesquisas na internet me acompanham dia a dia e me deparei com uma matéria realmente muito boa.
Dúvidas e mais dúvidas começam a fazer parte do cotidiano de toda grávida (ainda mais as de primeira viajem), com isso aquele medo e aquela indagação que insistem em assombrar “será que vou saber cuidar e criar o meu filho?”. Sempre vão existir pessoas, conselhos e dicas para todo e qualquer tipo de situação, mas o que me incomoda é pensar que cada bebê e cada vida são diferentes e precisam sim de cuidados e atenções diferentes.
Quando parei para ler e refletir sobre o “
Attachment Parenting foi quando me dei conta de que realmente gostamos de complicar tudo na vida, até mesmo o fato de colocar uma nova vida no mundo.
Foi aí que deixei de lado toda essa preocupação que insistia martelar a minha cabeça e decidi que, o filho é meu e o meu instinto de mãe e o amor que sinto por ele, nunca vão me deixar falhar em nada.
Em meio desse turbilhão de sentimentos e principalmente pensamentos, vi que minha cabeça mudou muito, meus valores e meus princípios também, agora penso e repenso antes de falar alguma coisa, ainda mais de tomar partido sobre algo. O fator que percebo em que mais mudei, foi o de reclamar sobre o mundo e olhando pra dentro percebi que reclamar não muda nada, nada mesmo.
Espero que daqui pra frente a evolução do corpo e da alma seja continua e que meu filho possa sempre ter a plena certeza de que farei o possível e o impossível pra ele ser uma pessoa maravilhosa.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Transbordando



Estou no auge.
Dos meus 22 anos, dos meus quase oito meses de gravidez e dos três anos de namoro.
Tudo passa rápido e como passa... Os dias parecem ter menos horas do que quando eu era criança, mas mesmo assim fico ansiosa e teimo em achar que tudo esta demorando demais.
Sempre fui diferente das demais pessoas, gostava de ficar na minha e tinha poucos (quase nenhum) amigos, gostava de gostar das músicas e roupas que pouca gente admirava, já fui muito rebelde, mas entre todos esses fatos não consigo me arrepender de nada que fiz ou que deixei de fazer até hoje.
Eu tenho que agradecer todo dia por ter tantas pessoas maravilhosas do meu lado, mas minha felicidade é tão grande que me faltam palavras e nem sei por onde começar.
Meu maior medo no momento é de não saber ser mãe. Assumo que esse amor que sinto é tão grande, mas tão grande, que também me faltam palavras e me sobram medos de falhar.
Tenho abraços e massagens nos pés, mas logo essas duas coisas vão fazer parte do meu dia a dia, todo dia. Essas coisas me aliviam e me fazem ver que não estou sozinha, que o amor transborda e nesse ponto, ainda não inventaram uma palavra que demonstre esse sentimento.
Hoje senti uma felicidade que me transbordou, pelo simples fato escolher frutas no mercado e ver que tenho amor por todo lado.
Cresci com ausência de palavras, mas com imensidão de carinhos calados.
Meu único desejo é: ter esse amor, essa vontade de viver, essa força por todos os dias da minha vida!